Bares e restaurantes seguem ampliando contratações, registram aumento histórico no salário médio e reforçam a participação do setor na geração de empregos formais no país.
O último levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), realizado pelo IBGE, mostra que a taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,6% no trimestre encerrado em setembro, atingindo o menor nível já registrado na série histórica. Esse resultado reflete não apenas a recuperação econômica, mas também o fortalecimento de setores que dependem intensamente de mão de obra, como o de alimentação fora do lar.
De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), bares e restaurantes abriram 13.153 novas vagas formais em setembro. Um destaque relevante é o crescimento da participação feminina. As mulheres representaram dois terços das contratações, o que reforça a presença cada vez maior delas no setor e em posições estratégicas dentro dos negócios.
As perspectivas para os próximos meses são ainda mais otimistas. Um levantamento realizado pela Abrasel aponta que 32% dos estabelecimentos do setor pretendem contratar até o fim do ano, período que tradicionalmente concentra maior fluxo de consumidores devido às confraternizações de empresas e famílias, além do impulso do pagamento do 13º salário, que fortalece o consumo e aumenta o movimento nos bares e restaurantes.
O cenário positivo também se reflete nos salários. De acordo com a PNAD, o setor alcançou o maior salário médio de sua história no trimestre encerrado em setembro, atingindo R$ 2.335. Esse crescimento representa um avanço de 5,5% em relação ao trimestre anterior, desempenho muito superior ao da média nacional, que foi de 0,4%.
Para Paulo Solmucci, presidente da Abrasel, os dados confirmam o papel fundamental do setor no mercado de trabalho e mostram um movimento claro de valorização dos profissionais: “Os dados reforçam que o setor segue contribuindo de forma consistente para a queda do desemprego no país. O aumento dos salários mostra que há valorização do trabalho, mas também uma disputa maior por mão de obra qualificada, resultado de um movimento maior nos estabelecimentos.”
Solmucci acrescenta ainda que a tendência é de continuidade desse cenário: “E esse cenário tende a melhorar ainda mais com a chegada do fim do ano, quando bares e restaurantes tradicionalmente reforçam suas equipes para atender à alta na demanda”.
Com mais vagas, valorização salarial e crescimento na contratação de mão de obra feminina, o setor de alimentação fora do lar reforça seu papel como um dos motores do mercado de trabalho brasileiro.
Fonte: Abrasel