Aumento da tarifa no Forte dos Reis Magos

Aumento da tarifa no Forte dos Reis Magos: o setor defende a concessão como solução para o desenvolvimento sustentável

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Setor turístico do RN vê com bons olhos a proposta de Parceria Público-Privada (PPP) para a gestão do Forte dos Reis Magos.

A partir de 1º de fevereiro, o preço de visitação ao Forte dos Reis Magos, um dos principais pontos turísticos de Natal, será reajustado de R$ 5 para R$ 10. O aumento de 100% gerou discussões sobre a viabilidade de manter o espaço em boas condições para o público, o que trouxe à tona a proposta de uma Parceria Público-Privada (PPP) para a administração do forte. A iniciativa tem o apoio de líderes do setor turístico, que acreditam que a concessão privada pode ser a chave para a modernização do equipamento, sua conservação e a melhoria da experiência para os turistas.

Forte Reis magos - Sandro Menezes 2

Foto: Sandro Menezes

A necessidade de investimentos privados

Para Edmar Gadelha, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no Rio Grande do Norte (ABIH-RN), a entrada de investimentos privados é essencial para que o Forte dos Reis Magos se torne mais viável e para que sua operação seja superavitária. “Pode desempenhar um papel estratégico no fortalecimento do turismo, atraindo novos investimentos, tornando o equipamento viável e sua operação superavitária, o que permitiria um resultado mais eficiente e melhorias na manutenção, gerando empregos e consolidando o Rio Grande do Norte como um destino de destaque no Brasil e no mundo”, afirmou Gadelha.

A defesa da concessão: uma alternativa viável

A presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do RN (SHRBS-RN), Grace Gosson, compartilha da mesma visão, destacando as Parcerias Público-Privadas como uma solução eficaz para a preservação de patrimônios históricos. Ela enfatizou a importância de garantir recursos privados para restaurar e manter o Forte dos Reis Magos, sem deixar de lado a acessibilidade para o público. “A entrada de recursos privados possibilita a restauração e conservação do patrimônio, mantendo-o em bom estado. O desafio está em equilibrar o acesso público, com tarifas acessíveis aos visitantes, e o desenvolvimento sustentável”, afirmou Grace.

Grace citou o exemplo positivo da gestão da Fortaleza de Fernando de Noronha, que passou a ser administrada por meio de uma PPP. A gestão privada no local possibilitou a realização de eventos e a melhoria da infraestrutura, ampliando as possibilidades de uso do espaço e gerando mais turismo, renda e emprego. “Além de melhorar a infraestrutura, a iniciativa amplia as possibilidades de uso, como realização de casamentos e eventos, gerando mais turismo, renda e emprego. É um círculo virtuoso!”, pontuou a presidente do SHRBS-RN.

O reajuste da tarifa e a sustentabilidade do Forte

Com o aumento da tarifa de visitação, a gestão pública do Forte dos Reis Magos busca equilibrar a democratização do acesso com a sustentabilidade financeira do espaço, que é de responsabilidade da Fundação José Augusto (FJA). Gilson Matias, diretor da Fundação, explicou que os valores arrecadados com o reajuste serão destinados à manutenção e melhoria do equipamento histórico. “A iniciativa busca equilibrar a democratização do acesso ao equipamento com a sustentabilidade financeira e a valorização do patrimônio histórico e cultural”, destacou Matias.

Apesar de entender a necessidade de reajustes regulares, Edmar Gadelha da ABIH-RN sugeriu que o aumento da tarifa seja acompanhado de melhorias significativas no espaço. “O aumento deve ser acompanhado de melhorias efetivas na promoção, divulgação e operação do espaço. Após dois anos fechado para reforma, o Forte foi reaberto, mas ainda carece de aprimoramentos que tornem sua visitação mais atrativa e funcional”, complementou Gadelha.

Desafios e oportunidades para o setor turístico

A proposta de concessão do Forte dos Reis Magos também vem à tona como uma oportunidade para modernizar e potencializar o turismo em Natal. A exemplo de outros destinos turísticos, a parceria público-privada pode ser a chave para transformar o Forte em um espaço mais dinâmico e atrativo para turistas de diferentes perfis, além de contribuir para o desenvolvimento da economia local.

Em resumo, o aumento na tarifa de visitação, a proposta de concessão e a busca por investimentos privados refletem o desejo do setor em transformar o Forte dos Reis Magos em um espaço mais acessível, sustentável e integrado ao turismo local, sem perder o caráter histórico e cultural que o torna um dos principais símbolos de Natal. A parceria entre o setor público e privado pode ser a solução para um futuro mais promissor para o turismo potiguar.

Fonte: Tribuna do Norte

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